Conquista

Pelotense é bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática

A caminho do 9º ano no Colégio Gonzaga, Otávio Santos Silva Corrêa é o primeiro aluno da cidade a ganhar uma medalha na competição

Carlos Queiroz -

Um feito inédito dentre os estudantes de Pelotas foi atingido por um menino de apenas 13 anos. Otávio Santos Silva Corrêa conquistou o bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).

A competição começou em 1979 e nunca antes alguém da região havia garantido uma medalha. O coordenador regional da Olimpíada, Julio Mohnsam, exaltou a dificuldade da prova e a grandeza do feito de Otávio. “Ele é um precursor. Foi muito acima da média”, garante.

O garoto acabou de concluir o 7° ano no Colégio Gonzaga. A calma e a tranquilidade de Otávio chamam a atenção de quem conversa com ele. Seu feito parece não ter afetado em nada sua personalidade. Ao comentar se estudou para a prova, ele foi simples. “Na verdade, eu fui pra testar só”, comenta. Ele chegou a olhar provas antigas da OBM, mas por desconhecer os conteúdos ali apresentados, deixou-as de lado. “Quando fui fazer, fui entendendo e foi dando certo. Só fui normal”, detalha. A mãe, Kellen Corrêa, comenta orgulhosa o feito do filho. “Faltam palavras. A gente fica muito feliz”, conta, emocionada.

Assim como todo menino de sua idade, o videogame faz parte da rotina dele. Mas, além disso, em outro ponto Otávio destoa do resto da garotada e chama atenção: é um exímio jogador de Xadrez. O garoto coleciona medalhas e troféus, a ponto de não saber pontuar ao certo quantos possui. O prêmio São Luiz Gonzaga, dado ao aluno com maior média final no seu ano, também foi conquistado duas vezes por Otávio, tendo terminado 2017 com 9,89 de média considerando as 11 matérias estudadas.

A OBM
Segundo Julio Mohnsam, a competição é a principal do país com essa temática. Além da tradição, existindo desde 1979, ela é também a mais difícil. Ele alerta para a diferença entre ela e a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), por tratarem-se de competições também com objetivos e públicos diferentes.

Otávio classificou-se para a prova após ter faturado o ouro na seletiva regional. Agora, ele poderá participar de um curso preparatório em Maceió, a ser realizado em janeiro, onde poderá concorrer a uma vaga para representar o país em competições ao redor do mundo. A avaliação contou com cinco questões técnicas e dissertativas, com quatro horas e 30 minutos para concluí-la. Segundo Mohnsam, alguns alunos fizeram até curso preparatório para realizá-las, mas acabaram superados por Otávio.

O garoto disputou a categoria do nível um, com alunos do 6° e 7° ano do Fundamental. Com o seu resultado, ele garantiu a classificação para a fase nacional da prova por todos os anos até concluir o Ensino Médio. “Ele entrou para uma espécie de calçada da fama”, brinca Mohnsam, referindo-se a eles e a todos os outros participantes como “geniozinhos”. “Eles são as pessoas que vão ajudar o país no futuro”, comenta.

Enquanto esse futuro não chega, Otávio diz ainda não ter decidido qual rumo seguirá quando chegar a hora de decidir um caminho profissional, mas com seu passo calmo e sorriso no rosto, ele vai adiante, garantindo seus feitos e levando o nome da educação de Pelotas para o país inteiro.

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